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Notícias
PACTO completa 13 anos de mobilização pela restauração da Mata Atlântica
07/04/2022
Restauração Florestal
O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica completa hoje 13 anos de mobilização e capacitação para a recuperação do bioma mais ameaçado do país. Lançado em 2009 por um grupo de organizações socioambientais, centros de pesquisa, empresas e órgãos de governo, o movimento tornou-se uma referência em articulação multissetorial para alavancar a restauração de ecossistemas críticos para a biodiversidade e a economia brasileira. Desde então, o PACTO tem estimulado o aprimoramento do conhecimento sobre métodos e técnicas de restauração, facilitando a implantação de projetos de mais de 300 organizações signatárias que buscam alcançar a meta de restauração de 15 milhões de hectares, até 2050. Na área, equivalente a três vezes o território do estado do Rio de Janeiro, é priorizada a recuperação da vegetação nativa em regiões com baixa aptidão agrícola, margens de rios, nascentes e encostas. Restabelecidos, esses locais podem oferecer serviços ambientais essenciais e cada vez mais inconstantes, como a provisão de água, a conservação do solo e a polinização de culturas agrícolas, por exemplo. “Nestes 13 anos, o PACTO se tornou referência na articulação e integração dos diferentes atores sociais e no fortalecimento de suas ações para promover a restauração ecológica”, diz Ludmila Pugliese, coordenadora Nacional do movimento. “Nosso desafio é ampliar a escala e a qualidade das ações de restauração nos próximos anos, para que o Brasil possa cumprir os compromissos assumidos no Acordo de Paris perante a comunidade internacional no combate às mudanças climáticas”, completa. Segundo a nova edição do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado no início desta semana, a restauração de ecossistemas é uma das medidas com maior potencial para retirada de gases de efeito estufa da atmosfera, entre os esforços internacionais para limitar o aquecimento global a 1,5º C, até o fim do século. Frente ao Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu com a restauração de 12 milhões de hectares de paisagens nativas, até 2030, em todos os biomas, principalmente na Mata Atlântica. Em um dos estudos mais recentes, foram identificados, por sensoriamento remoto, 740 mil hectares de áreas em processo de regeneração natural da vegetação nativa no bioma. Ao todo, estima-se que já tenha ocorrido a recuperação de pelo menos 1 milhão de hectares, até 2020. Articulação e conhecimento Atualmente, a estratégia definida pelo Conselho de Coordenação do PACTO prioriza a atuação em três linhas principais: Territórios Certificados, Comunicação e Capacitação e Monitoramento Multidimensional. O movimento também conta com 16 unidades regionais que atuam no diagnóstico da cadeia da restauração, auxiliando na identificação dos cenários e dos atores locais, incluindo viveiros de mudas nativas, grupos coletores de sementes, organizações e empresas de manutenção e monitoramento das iniciativas em campo. A abordagem prevê ainda a identificação de áreas estratégicas para articulação de esforços, geração de oportunidades e de resultados significativos em restauração ecológica, em territórios prioritários. Na linha de comunicação, a produção de conteúdo para redes sociais, elaboração de publicações e materiais didáticos, como a série de fascículos Saberes da Restauração e o podcast Tom da Mata, são formas de promover boas práticas e participação da sociedade na Década das Nações Unidas da Restauração Ecológica (2021-2030). Ao mesmo tempo, para garantir o monitoramento do progresso das ações, o movimento aplica técnicas de campo e de sensoriamento remoto para acompanhar o processo de restauração ecológica em áreas mapeadas. O incentivo à cadeia da restauração também se dá por meio de ferramentas como a plataforma Vitrine da Restauração, desenvolvida em parceria com outros agentes do setor, que permitiu o mapeamento e integração de diferentes elos da cadeia, desde 2020. A iniciativa ajuda a dimensionar a importância do setor para a geração de trabalho e renda para diversos segmentos da sociedade. Veja a relação completa de organizações-membro do Conselho de Coordenação do PACTO no biênio 2021-2022: Empresas – Dapweb, DNA Florestal, Eco Ocelot, Florestal Maarin, KAWA Estratégias Sustentáveis, Mineral Engenharia e Meio Ambiente Ltda, Suzano e Verdesa; Governos – Instituto Água e Terra – IAT (PR), Prefeitura Municipal de Engº Paulo de Frontin (RJ) e Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SIMA (SP); Centros de Pesquisa – Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ – ESALQ/USP e Universidade Federal do ABC – UFABC; Organizações não-governamentais – Associação Ambientalista Copaíba, Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste – Cepan, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Internacional para a Sustentabilidade – IIS, Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ, Instituto Socioambiental – ISA, Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais, The Nature Conservancy Brasil, WRI Brasil e WWF-Brasil; e Associações e colegiados – Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente – ABRAMPA, Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA e Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica – SOBRE. Para saber como se tornar signatário do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, acesse pactomataatlantica.org.br/participe...
Restauração florestal da Mata Atlântica é tema de fascículos mensais
25/11/2021
Capacitação Técnica / Restauração Florestal / Saberes da Restauração
Parceiros da restauração analisam mapa de área a ser restaurada (Daniel Hunter/WRI Brasil) São Paulo (SP), 17 de novembro de 2021 – O movimento Pacto pela Restauração da Mata Atlântica lançou a nova série ‘Saberes da Restauração’, material online destinado à capacitação técnica para projetos de restauração florestal no bioma. Elaborado em linguagem acessível para o grande público, a série terá oito fascículos, lançados mensalmente no portal e nas redes sociais do movimento. “Essa é mais uma iniciativa dentro da missão do Pacto de difundir conhecimento e mobilizar diversos públicos para aumentar a escala das ações de restauração florestal no Brasil”, comenta Ludmila Pugliese, coordenadora nacional do movimento. Clique para acessar o volume 1 ‘Aspectos Gerais da Restauração’ Adaptado a partir de conteúdo original apresentado pelo pesquisador Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da Universidade de São Paulo (LERF/ESALQ/USP), o primeiro volume traz ‘Aspectos Gerais da Restauração’, com dados e informações sobre motivações, benefícios, métodos e técnicas empregadas nas ações de campo. A publicação, lançada em evento online durante a III Conferência Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE2020), traz detalhes sobre as diferentes práticas ativas e passivas de restauração, que incluem o plantio de mudas e sementes nativas, a regeneração natural e o enriquecimento da diversidade de espécies, para aproveitamento econômico, por exemplo. Um dos destaques é o capítulo traz exemplos concretos com lições aprendidas em mais de 20 anos de projetos realizados. Restauração é compromisso A restauração florestal, especialmente na Mata Atlântica, é uma das principais estratégias brasileiras para colaborar no combate ao aquecimento global, limitar as mudanças climáticas e manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C, em relação aos níveis pré-industriais. Os compromissos do país no Acordo de Paris, divulgados em 2015, incluem a restauração de 12 milhões de hectares de florestas até 2030, área equivalente à metade do território do estado de São Paulo. Lançado em 2009, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica é um movimento da sociedade brasileira para difusão de práticas e ganho de escala das ações de recuperação da vegetação nativa em um dos biomas mais ameaçados do planeta. Atualmente, conta com mais de 300 membros, entre setores da sociedade civil, academia, iniciativa privada e poder público. Para conhecer outras publicações sobre a restauração florestal da Mata Atlântica, acesse www.pactomataatlantica.org.br/acervo. A série Saberes da Restauração é uma realização do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, com apoio do WRI Brasil, The Nature Conservancy – TNC Brasil e WWF-Brasil, concepção e projeto gráfico da Meme Comunicação. ...
Movimentos de restauração ecológica promovem reunião de integração
25/11/2021
Restauração Florestal
Representantes das maiores iniciativas na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pampas participaram da I Reunião de Coordenação de Movimentos Subnacionais de Restauração Ecológica, visando a criação de estratégias para a restauração dos biomas brasileiros por meio da integração dos esforços dos seus membros. Realizado durante a III Conferência Brasileira sobre Restauração Ecológica (@sobrestauracao), o encontro online permitiu uma análise para identificação das fortalezas e fraquezas de cada movimento, com o objetivo de criar ações sinérgicas de integração e cooperação. Participaram do encontro membros da coordenação de: Aliança pela Restauração na Amazônia @aliancaamazonia Araticum – Articulação pela Restauração do Cerrado @rede.araticum Pacto pela Restauração da Mata Atlântica @pactomataatlantica Rede Sul de Restauração Ecológica
[email protected]
Rede Trinacional de Restauração da Mata Atlântica Com a aproximação formal dos movimentos, será possível potencializar os esforços e resultados para restauração dos biomas brasileiros durante a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas (2021-2030) @unep_pt. Acompanhe os perfis dos movimentos no Instagram e no Facebook e fique sabendo mais sobre essa importante articulação. Siga #redespelarestauracao...
Artigo: Inclusão de gênero na restauração ecológica
17/11/2021
Artigo / Mulheres / Restauração Florestal
Atuação feminina nas ações de restauração é indicador de sucesso (Daniel Hunter/WRI Brasil) ‘Inclusão de gênero na restauração ecológica’ é o título do novo artigo da coordenadora nacional do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, Ludmila Pugliese, sobre a importância da diversidade de gênero nos projetos de restauração ecológica. Publicado na revista Restoration Ecology, da Society on Ecological Restoration (SER), o artigo pode ser baixado em sua versão em inglês. Elaborado em parceria com Anazelia Tedesco, Paula Meli, Anita Diederichsen e Pedro Brancalion, o texto lembra que os projetos de restauração geralmente quantificam a diversidade biológica como um indicador de sucesso, no entanto, costumam ignorar a diversidade humana, inclusive questões de gênero, que não têm sido suficientemente consideradas no planejamento, implementação e monitoramento da restauração. Clique para acessar o artigo O artigo justifica a necessidade de considerar a equidade de gênero na restauração ecológica e oferecer orientação na adoção de abordagens gênero-responsivas. “Igualdade de gênero deve ser considerada tanto como um vetor quanto como indicador de sucesso, e irá desempenhar um papel central para alavancar as contribuições da restauração, para alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidades, e para as mulheres, na Década da Restauração de Ecossistemas”, destaca a publicação....
Tom da Mata – Gênero e Diversidade da Restauração
12/05/2021
Tom da Mata
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, o grupo de gênero e diversidade do Pacto e o Blog Mulheres de Impacto fizemos um episódio especial do Podcast o Tom da Mata, destacando a relevância do tema para uma governança mais participativa e resultados relevantes para a restauração de paisagens! Vem conferir! Aproveitamos para desejar a todas mulheres um domingo especial, de restauração e reconexão! Podcast Tom da Mata...
Da produção de mudas à extensão, mulheres em todos elos da cadeia de restauração!
12/05/2021
Mulheres
Na Associação Ambientalista Copaíba, produzir mudas nativas da Mata Atlântica, apoiar a iniciativa da restauração ecológica, elaborar os projetos técnicos, orientar, e dar toda assessoria para os proprietários de terra são ações lideradas por mulheres. Elas coordenam suas equipes e, diariamente, superam obstáculos e novos desafios da temática de gênero. Lidar com as adversidades do campo e ainda conciliar os preconceitos levaram as coordenadoras dos setores de produção de mudas e da restauração florestal a se aliarem à sensibilização ambiental, desenvolvendo habilidades e estratégias para conquistar novos parceiros e plantadores de florestas na região das bacias dos rios do Peixe e Camanducaia – no sul de Minas Gerais e leste do estado de São Paulo. São 200 propriedades parceiras que iniciaram a restauração ecológica em cerca de 350 hectares de áreas, por meio do plantio de 500 mil mudas. A liderança feminina também tem se expandido para a tomada de decisão nas propriedades rurais. Cerca de 25% das propriedades rurais parceiras da Copaíba tem como suas representantes as mulheres. Isso é uma grande conquista. São elas que procuram o apoio e tomam a frente para iniciar o processo de restauração ecológica em suas propriedades. Essa iniciativa fez com que duas dessas proprietárias de terra retribuíssem todo apoio recebido e doassem a propriedade para a Copaíba. Uma nobre atitude que permitiu ampliar o impacto positivo da restauração ecológica e atingir mais pessoas. Cada vez mais as mulheres, coordenadoras de projetos ou proprietárias de terra, estão tendo voz e liderando a tomada de decisão dentro e fora das propriedades rurais, contribuindo para ações estratégicas de restauração ecológica e, consequentemente, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas....
Mulheres, Arranjos Produtivos e Restauração
12/05/2021
Instituto Auá
INSTITUTO AUÁ Mulheres parceiras no projeto. Desde 2017 os projetos do Instituto Auá, que atua diretamente com dezenas de pequenos agricultores e beneficiadores artesanais da cadeia produtiva das nativas da Mata Atlântica junto ao Cinturão Verde de São Paulo, tem integrado a temática de gênero. Missão – Valorizar o potencial humano e fortalecer empreendimentos socioambientais para a sustentabilidade. O projeto “Promoção de sistemas agroflorestais de espécies nativas da Mata Atlântica em áreas de mananciais” financiado pelo FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), foi o primeiro na instituição a incentivar as mulheres rurais a participar ativamente das capacitações e do planejamento de suas propriedades rurais. Com ênfase em espécies nativas com potencial de mercado, as capacitações envolveram tanto aspectos práticos, quanto empreendedorismo e planejamento do plantio e da produção de frutas nativas. Neste projeto, 33% dos participantes eram do gênero feminino. Oficinas do Projeto. Este projeto permitiu ainda, construir coletivamente a metodologia de SAF chamada “Pomares Mata Atlântica”. Já o projeto “Fortalecimento de produtoras(es) rurais e da cadeia produtiva de nativas da Mata Atlântica” financiado pela Fundação Banco do Brasil (FBB) com foco em mulheres, visa promover a melhoria do processo de produção e redução de perda da safra dos frutos nativos da Mata Atlântica, através do incentivo, engajamento, capacitação, fornecimento de equipamentos e assistência técnica as pequenas agricultoras rurais. Neste projeto, cada agricultora capacitada se torna multiplicadora das experiências em sua região. Estes projetos representam um avanço no setor de restauração florestal e modelos a replicar, pois configuram enorme potencial produtivo em arranjos sustentáveis, assim como oportunizam trabalho e renda para as mulheres rurais, aliado à restauração da paisagem com o uso das espécies regionais. O foco em diversificação dos plantios, com atenção especial a fruticultura nativa, de crescente interesse no mercado, representa importante alternativa de renda para as famílias do campo e responde a boa parte da necessidade de recuperação das áreas degradadas....
Mulheres de ImPACTO – Terceira Temporada Lute como uma Garota!
12/05/2021
Mulheres
A ativista Greta Thunberg se tornou símbolo de luta contra o aquecimento global, exigindo dos líderes mundiais presentes na 24ª conferência da ONU sobre o clima na Polônia decisões mais efetivas no combate as mudanças climáticas. Na data em que comemoramos o dia Internacional da Mulher convidamos você para conhecer a terceira série do Blog Mulheres de ImPACTO. Nosso objetivo é dar visibilidade a iniciativas de restauração lideradas por mulheres que vem inovando na forma de atuar, buscando não apenas a restauração de paisagens, mais de pessoas e realidades. Pegue esses exemplos como sementes de restauração, e faça sua parte. Restaure como uma garota! ___________________________________________________________ SEMENTES DE RESTAURAÇÃO – DESAFIOS NA CIÊNCIA Mulheres representam cerca de 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24% dos cargos de gerência no Brasil. Na área acadêmica, a desigualdade de gênero se repete: as mulheres são maioria nos cursos universitários (59,9%, em 2015), mas são os homens que dominam, sendo maioria no corpo docente (54,6%), com 64% das bolsas de produtividade e pesquisa do CNPq . Uma análise do perfil dos membros da Academia Brasileira de Ciências mostrou que, em sua maioria (85%), são oriundos da região Sudeste e pertencem ao gênero masculino (86,8%). A comparação do número de publicações entre homens e mulheres, no Brasil, constatou que elas publicaram metade dos artigos entre 1995 e 2015. Já nas áreas de conhecimento, as mulheres estão sub-representadas em todas elas, estando presentes em maior número nas áreas biológicas, com 25%, e em menor nas engenharias, com apenas 1%. O balanço da participação das mulheres na II Conferência Brasileira de Restauração Ecológica (2018) mostra a continuidade do padrão: das 125 palestras nas mesas redondas, 42 (33,6%) foram proferidas pelas mulheres e 83 (66,4%) por homens, sendo comum o mesmo palestrante homem mais de uma vez. As diferenças também aparecem na composição racial, constatado na análise dos currículos da Plataforma Lattes que declaram raça e cor, onde 79% são de pessoas brancas. Assim como acontece nos ambientes naturais, a diversidade favorece o aumento da resiliência dos ecossistemas. A busca da equidade perpassa todos os setores da sociedade, que precisa promover a diversidade e diminuir as desigualdades....
Mulheres de ImPACTO – Ludmila Pugliese
12/05/2021
Mulheres
“Estou mais seletiva em minhas lutas, porém mais certa daquelas que assumo” Mãe do Hugo e da Helena. Essa é a forma que gosta de ser apresentada a mineira que cresceu no Rio de Janeiro, passou alguns anos no Amazonas e hoje vive no interior de São Paulo. “Falo sem sotaques ou regionalismos, ou talvez tenha incorporado um pouco de tudo”, comenta Ludmila Pugliese. Bióloga atuando na área florestal, Lud traz consigo experiências e pessoas que contribuíram para sua formação e atuação profissional e, ao mesmo tempo, se tornaram referências e amigos. Ela estagiou com a professora Dalva de Mattos no tema de ecologia vegetal, desenvolveu seu mestrado com o professor Ricardo Rodrigues, trabalhou com Beto Mesquita e Márcia Hirota. “É claro que no caminho encontrei situações e pessoas que representaram barreiras, e não foram poucas. Já tive que provar o que sabia, falar grosso, ignorar assédio entre outras barbaridades. Mas se tem uma coisa que sou é teimosa. E por vezes a situação que me mais me incomoda é a que mais me mobiliza e me dá gana para seguir adiante”, diz Ludmila. Atuando hoje como consultora e sócia da Kawa Estratégias Sustentáveis fala que os anos trabalhando junto ao Diálogo Florestal e em organizações como SOS Mata Atlântica, Fundação Boticário e Instituto BioAtlântica aproximaram o tema da restauração e serviram como base para se desenvolver e “apoiar a construção, literal e conceitual, de um centro de referências, com atividade de produção de mudas, restauração florestal, pesquisa e experimentação, educação ambiental, gestão de pessoas e projetos, entre outros”. Nessa trajetória Ludmila sinaliza que teve que enfrentar desafios para conciliar a maternidade com as entregas profissionais. “Alguns meses de repouso médico e mais seis meses de licença maternidade para cada uma das crianças me tiraram do mercado por aproximadamente quase dois anos. Acredito que essa ausência, acrescida de um período de cuidado maior com as crias tenham me afastado do mercado formal”. Apesar disso, foi através das consultorias que ela se aproximou de grandes projetos em parceria com instituições como WRI, IUCN, e Agência de Cooperação Alemã (GIZ), participando de importantes projetos com a elaboração da Política e do Plano Nacional para Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg e Planaveg) em apoio ao Ministério do Meio Ambiente. “Atualmente estou como secretaria executiva do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, onde divido com meu colega Severino Ribeiro, o desafio e responsabilidade de manter a chama acesa de um movimento que tem como meta restaurar 15 milhões de hectares em um dos biomas mais ameaçados do planeta”. A partir desse trabalho que surgiu a oportunidade de aproximação com o tema de gênero, junto com o Grupo de Trabalho (GT) Gênero e Diversidade. “As ações têm gerado os primeiros frutos: elaboramos e conduzimos o primeiro curso sobre a “Perspectiva de Gênero em projetos e ações de restauração” na Mata Atlântica; lançamos a cartilha “Semeando Equidade” – que traz a visão de mulheres experientes, em temas como Mudanças Climáticas, Governança, Mobilização Social, Empreendedorismo e Restauração de Paisagens. E, além disso, participamos da revisão das NBSAPs, do protocolo de monitoramento do Pacto e de várias outras palestras, seminários e projetos envolvendo a temática. O trabalho avança e ter esse papel de liderança demanda tempo e energia. Ludmila explica que o apoio das pessoas próximas é essencial: “Isso tudo tem um custo, um preço e certamente sem a compreensão não teria chegado onde estou hoje. Tenho o privilégio de ter um companheiro e família que me apoiam e me ajudam a enfrentar essas situações. E mais, tenho uma rede de amigos e colegas que construí ao longo desses anos que me dá muito suporte e orientação”. E para finalizar, Ludmila completa: “Eu vejo avanços e estou muito feliz por isso. Acredito que o trabalho que estamos desenvolvendo com seriedade e respeito tem repercutido de forma positiva. Estou sendo procurada para falar sobre o tema, sendo marcada em postagens, tenho recebido reportagens, apoio e comentários. De certa forma o GT se tornou referência sobre a temática. Acredito que estamos no caminho certo, mas ainda precisamos continuar buscando formas para inserir o tema nas diferentes esferas. Estamos na primeira fase de sensibilização e a fase de internalizar promovendo ações concretas de transformação ainda vai levar um tempo e requer muito trabalho. Isso faz parte, afinal não chegamos ao fim”. Cheia de energia com sorriso largo ela ainda reforça o convite para que todos passem a conhecer o trabalho do GT Gênero e Diversidade....
É tempo de retomar
12/05/2021
Tempo
É tempo de retomar! Para tudo há um tempo, para cada coisa, um momento (…). Não vamos esquecer. Pelo contrário! Vi muitas imagens que representam o ceifar da flor, como o arremesso de outras sementes; que novamente brota ou se multiplica. A restauração de paisagens é sobre plantar mudas, mas mudas é o que não ficaremos! A restauração é sobre recuperar florestas, mas também sobre recuperar a própria sociedade.! Por isso, é hora de retomar nossas histórias … lembrando do que passamos, e tendo nesses desafios a força para continuar a lutar, plantar e amar. Seguimos!...
Mulheres de Impacto – Edilaine Dick
12/05/2021
Mulheres
“Acredito muito na participação social como processo de mudança na conservação ambiental.” E assim começamos a semana, inspirada por alguém que está no campo e não se deixa levar por mimimi!! Nada mais arrebatador do que resultados concretos. Nesta entrevista Edilaine mostra que o lugar de mulher é em qualquer lugar, mais principalmente onde é importante, e mostra que é possível conciliar maternidade, trabalho de extensão e educação. Afinal ninguém sai para trabalhar se não vale realmente a pena. Edilaine é bióloga, especialista em educação no campo e desenvolvimento territorial. Não bastasse essa importante formação, rara e necessária, iniciou seus trabalhos há 12 anos na Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em Santa Catarina. Conheci Edilaine dessa época, e da sua seriedade e foco, tive a certeza de que ficaria lá, apoiando em todos os projetos dessa emblemática instituição. Não deu outra. Desde 2006, Edilaine atua em iniciativas de preservação e conservação do meio ambiente, por meio de projetos que visam à utilização sustentável dos recursos naturais e conservação de remanescentes florestais, visando à participação comunitária através de ações de conscientização ambiental. “Atuo apoiando ações de conservação e gestão de unidades de conservação através da coordenação e execução de projetos participativos e o envolvimento da comunidade local, por meio dos processos de formação e capacitação de conselhos consultivos, elaboração de planos de manejo, realização de levantamentos socioeconômicos e ambientais e realização de reuniões de mobilização.” Para mim, esse é o clássico projeto de Restauração em Paisagens Florestais, com equilíbrio entre conservação, resturação, diferentes usos de solo e ainda o envolvimento comunitário. Sou fã! Ela conta que descobriu a oportunidade de fazer “algo pelas florestas” quando já estava quase no final da faculdade, e foi convidada a fazer um curso de restauração de áreas degradadas. “Cheguei na Apremavi recém formada e com nada de experiência, mas encontrei ali o espaço para ter certeza que o caminho era unir a conservação com o envolvimento das pessoas”. Ela acrescenta “Acredito que a seriedade, o comprometimento, a competência e a vontade de fazer as coisas acontecerem, de ver bons projetos saírem do papel, nos leva naturalmente aonde queremos chegar.” Com um trabalho bastante voltado ao atendimento e contato rural, sobre as os desafios de trabalhar no campo e ser mulher Edilaine acredita que se manter focada e fazer as coisas acontecerem é pode ajudar a transpassar ou minimizar as barreiras. Mas, conta que “É inevitável os comentários machistas, pois sim, eles ainda acontecem. Ainda vemos no contexto geral os homens em alguns momentos momentos “torcerem o nariz” e nos desafiar mesmo que inconscientemente.” Casada, mãe de um filho ela comenta que um dos maiores desafios ainda é conciliar a vida pessoal com a vida profissional. Diz que a principal frase que escuta é “como tem coragem de deixar seu filho em casa com o pai para ir trabalhar”? Para essa pergunta (super comum, mas vazia de propósito!!) ela já tem a resposta pronta: “Estou trabalhando por um futuro melhor para eles e para nós”. Afinal, nenhuma mãe tem coragem de “largar” o filho se não valer realmente a pena!! #fica a dica! No balanço geral, ela acredita que teve muitas oportunidades e que encontrou no caminho outras mulheres que a inspiraram, como Miriam (mais uma Mulher de ImPACTO) além de homens que acreditaram e apostam no seu potencial. Com clareza, ela esclarece que a estratégia para suplantar os desafios é fazer acontecer, “mostrar o nosso potencial e não se apegar ao fato de sermos mulheres”. E acrescenta um comentário no mínimo desconcertante: “cada dia que passa, me convenço que o machismo também vem das próprias mulheres”. Segura essa mulherada!! Em sua opinião, com o passar dos anos as mulheres vem conquistando novos espaços, sendo cada vez mais comum ver mulheres nas rodas de discussão ambiental e cita que na Apremavi já tiveram um projeto coordenado e executado 80% por mulheres, com igualdade nas discussões e nas tomadas de decisão. Essa, entretanto, não é a realidade no campo, onde observa pouca participação feminina. “ Em reuniões com comunidades rurais, quem participa ainda é o homem; em sindicatos, ainda não conheço nenhum que tenha uma mulher na liderança, e aí vem a famosa frase eles participam, mas a mulher é quem decide”. E acrescenta: “Não acredito que seja assim, não é uma questão de a mulher decidir ou não; é uma questão de participar, de ser ouvida, de dar a sua opinião. Se tudo isso acontecesse ela estaria presente nos espaços participando e opinando, e não omissa em outros afazeres. Para mudar essa realidade ela acredita em ações práticas, como trabalhar de igual para igual. “financiamentos específicos para trabalhar com mulheres podem ajudar a resolver o problema, mas os dois (homem e mulher) tem que estar cientes do seu papel na sociedade. E mais, a mulher tem que estar motivada a participar desse processo de mudança” E finaliza com a seguinte reflexão: “Penso que devemos ser muito cautelosos no que acreditamos e defendemos, pois nenhuma verdade é absoluta; por isso, acredito muito na participação social como processo de mudança na conservação ambiental.” Palavras de quem sabe o que faz!...
Mulheres de ImPACTO – Mariana Oliveira
12/05/2021
Mulheres
“Estar numa instituição liderada por uma mulher me trouxe a sensibilidade com o tema, enxergando a importância de estarmos e sermos representadas, ouvidas, respeitadas. Ser parceira, ser nutrida de informações de qualidade e envolvida na tomada de decisão é algo que traz confiança nas relações” Sabe aquela pessoa agilizada? Então ela deve estar procurando a Mariana, pois ela já entregou o que a primeira precisava… Assim é essa geógrafa, que traz a tranquilidade de suas origens, em Poços de Caldas, MG associada ao senso de urgência da cidade onde mora, São Paulo. Nascida e criada na região da serra da Mantiqueira, rodeada de muito verde, Mari conta que foi uma questão de tempo até perceber a sinergia com a temática ambiental e enveredar por esse caminho “ a partir daí, fui me aprofundando no tema até conseguir uma oportunidade profissional na área de sustentabilidade; e a cada dia vejo o quanto o tema tem impacto em nossas vidas e o quanto a escolha pelo tema me faz feliz” Mariana atualmente dá suporte ao programa de Florestas e Água do WRI Brasil, organização sem fins lucrativos, focada em pesquisa e aplicação de metodologias, estratégias e ferramentas voltadas às áreas de clima, florestas e cidades. No último ano, Mari focou na aplicação da Metodologia de Avaliação de Oportunidades de Restauração (ROAM) na porção paulista do Vale do Paraíba do Sul. “A experiência vem sendo muito desafiadora, mas contribuir com a rede de indivíduos e instituições e observar as lacunas para que a restauração ganhe escala começarem a ser preenchidas ao longo do projeto é muito gratificante.” Sobre seu crescimento profissional, Mariana indica que representatividade importa à medida em que a presença de outra mulher de ImPACTO, Rachel Biderman – madrinha em nossa cartilha – a fez enxergar possibilidades e formas de atuação. “Estar numa instituição liderada por uma mulher me trouxe a sensibilidade com o tema, enxergando a importância de estarmos e sermos representadas, ouvidas, respeitadas. Ser parceira, ser nutrida de informações de qualidade e envolvida na tomada de decisão é algo que traz confiança nas relações”. Assim ela indica que traços, considerados “femininos”, como empatia e ternura foram fundamentais no início sua vida profissional e são os que ela tenta compartilhar. E conhecendo tanto Mari como Raquel, posso dizer que essas são, sem dúvida, características agregadora de ambas! Por outro lado, iniciativas de conservação e restauração exigem coordenação e articulação. Desta forma, tais características se tornam fundamentais para o sucesso dos projetos. Nas palavras de Marina “ O apoio da liderança é fundamental como catalisador de mudanças para uma dinâmica social mais equitativa”. Antenada como relação ao momento atual e aos objetivos globais da ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas), Mari indica a urgência de se acelerar o processo de empoderamento de mulheres, incluindo a temática nos projetos para compreender dinâmicas sociais e dar oportunidade aos indivíduos que não estão sendo ouvidos e representados. Mais do que um olhar de observadora, como tudo que faz e se envolve, ela acredita que é possível promover a transformação, por meio da inclusão e cooperação, e para tanto, continuará atuando no caminho pela igualdade de gênero. Como? Ela dá algumas pistas: sugere mudanças no comportamento, buscando equidade nas ações e rotineiramente avaliar os avanços. “Mudar a realidade requer trabalho conjunto, entre homens e mulheres, requer determinação para continuar na luta e disposição para ser a própria transformação” finaliza Mari, com todo o pragmatismos e protagonismo que lhe são característicos. Boa, Mari!...
Mulheres de ImPACTO – Andrea de Oliveira
12/05/2021
Mulheres
“As crianças nos ensinam a arte de amar; e a natureza, alimenta nosso espírito criança…o que me inspira a ter esperança!” “Eu sou Andrea de Oliveira. Nasci em 24 de outubro de 1976. Sou natural do planalto Serrano do Estado de Santa Catarina e descendente Xokleng. Carrego também a herança genética de negros e espanhóis, meus ancestrais de terras distantes… Tive uma infância simples, feliz e repleta de boas lembranças; fui criada no campo junto a majestosa floresta de araucárias. Estudei somente em escolas públicas. Da infância até os dias de hoje carrego comigo o gosto pela poesia, pela oratória, pela música e pela dança. Ingressei na Universidade Federal de Santa Catarina em 1996 e quase me tornei engenheira sanitarista & Ambiental… Certo dia, decidi definitivamente abandonar a “promissora carreira de engenheira” e despertei para realizar o que até então não passava de um grande sonho: ser “Educadora Ambiental”. O ano 2.000 parecia ser um bom ano para grandes mudanças e então decidi dedicar minha vida ao que realmente me inspirava: “Natureza & Crianças ” . Busquei unir profissão ao dom e assim como naturalmente o céu está unido a terra e encontrei na Pedagogia Waldorf (ou Pedagogia Antroposófica, de Rudolf Steiner) a perfeita união do que me inspira… “Natureza e Crianças”. Casei aos 21 anos e até os dias de hoje compartilho sonhos e realizações com meu companheiro o engenheiro agrônomo Percy Ney Silva. Somos fundadores da ONG Ambientalista Instituto ÇaraKura… Esta história começa em 2002, quando iniciamos os primeiros trabalhos de Educação Ambiental com escolas de Florianópolis em nossa propriedade rural, hoje sede do Instituto ÇaraKura… caminhar na mata, plantar colher, preparar alimentos, tomar banho de rio, brincar na natureza apreciando a luz do dia ou contemplando a noite em companhia da lua e das estrelas… Esta atmosfera atraiu pessoas sensíveis a causas ambientalistas e em março de 2007 fundamos oficialmente o Instituto ÇaraKura. No mesmo ano da fundação da ONG tivemos o privilégio de sediar um curso de “Princípios avançados de Permacultura” com a presença do australiano David Holmgren, um dos fundadores da Permacultura. A Permacultura é considerada a ciência do “desenvolvimento sustentável” e tem por objetivo auxiliar o planejamento de sistemas de baixo impacto ambiental e alto impacto social, que supram as necessidades básicas e essenciais das populações humanas tais como alimentação, água, habitação, saneamento, tendo como base o resgate do conhecimento ancestral aliado ao conhecimento científico moderno. A Permacultura se tornou extremamente importante na construção da nossa identidade e uma importante ferramenta de trabalho manifestado em ações práticas junto a povos tradicionais, indígenas, mulheres e crianças… Carrego comigo um sentimento de imensa gratidão pela oportunidade de ser uma liderança e participar ativamente de discussões dentro de espaços sociais, políticos e pedagógicos em meio a uma sociedade machista e excludente. Este é meu terceiro mandato como presidente. O Instituto ÇaraKura é membro da União Internacional de Conservação da Natureza ( IUCN) , unidade regional do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e co-gestores da maior unidade conservação do estado de Santa Catarina, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro o qual inclui 2 territórios indígenas; integramos o conselho de 5 unidades de Conservação (municipais , estaduais e federais); desenvolvemos projetos voltados a educação ambiental, a restauração de florestas e paisagens, saneamento ecológico, manejo sustentável dos recursos naturais e outros. Ao longo destes anos à frente do Instituto ÇaraKura busquei fortalecer as relações de forma harmoniosa, pacífica e cooperativa. Construímos muitas parcerias, inspiramos muitos jovens, bio construímos muitas casas, plantamos muitas árvores, produzimos alimentos, cultivamos jardins e acompanhamos incontáveis constelações de crianças brincando e aprendendo na natureza… se conectando com o paraíso por meio do sorriso… As crianças nos ensinam a arte de amar; e a natureza, alimenta nosso espírito criança…o que me inspira a ter esperança!”...
Mulheres de ImPACTO – Segunda temporada.
12/05/2021
Mulheres
Há exatamente um ano iniciávamos a série “Mulheres de ImPACTO”, lançada no início de março de 2017. Trata-se de um primeiro esforço no sentido de dar luz à histórias de mulheres em diferentes regiões e posições no cenário da restauração e conservação no país. São pesquisadoras, educadoras e restauradoras; pessoas da cidade, do campo e das florestas. Em comum, o fato de serem mulheres, sonhadoras e batalhadoras, mães e filhas em busca de uma sociedade mais justa e acolhedora da diversidade de perspectivas e possibilidades, principalmente nas questões ambientais. De lá para cá, realizamos uma série de ações e iniciativas com o objetivo de trazer um novo olhar sobre o assunto. Assim, elaboramos e conduzimos o primeiro curso sobre a “Perspectiva de Gênero em projetos e ações de restauração” na Mata Atlântica. Lançamos a cartilha “Semeando Equidade” – que traz a visão de mulheres experientes, nossas queridas Madrinhas, em temas como Mudanças Climáticas, Governança, Mobilização Social, Empreendedorismo e Restauração de Paisagens. Participamos de palestras, seminários e projetos envolvendo a temática. Escrevemos, debatemos, defendemos e, de tanto falar e pensar sobre o assunto, amadurecemos. Não sem rupturas ou sofrimento, frente aos inúmeros desafios de uma sociedade culturalmente dominada por homens. Como grupo trilhamos um caminho, e seguimos. Porque assim deve ser! Como sociedade vejo avanços, mas ainda temos um longo caminho pela frente. Até porque, convenhamos, tá difícil ver avanços em qualquer área. Tempos sombrios, vampiros e desastres naturais seriam enredo de ficção científica, mas estão mais atuais e reais do que nunca. Osso! Em paralelo, posso afirmar que, pessoalmente, o início dessa caminhada tem a ver com minhas inquietações: questionamentos existenciais e filosóficos, mas também com realidade que vivo, e do mundo que quero deixar para os meus filhos. E isso é bem real e me faz perder o sono! E sendo realista, sem perder o sono, o sonho e otimismo, acredito no poder da autorreflexão e mobilização. Acredito no engajamento e empoderamento da mulher; acredito na empatia e sororidade entre elas; acredito que estes valores podem ditar um novo padrão e que isso pode trazer benefícios a toda sociedade; por fim, que essa é a primeira bandeira no caminho da inclusão e justiça social. Assim, decidimos como grupo seguir contando novas histórias e trazendo outros exemplos. Até porque apreendemos nesta caminhada como é importante ter voz, versões e perspectivas. Não é mesmo meninas? Que sirvam para divertir, inspirar e sensibilizar! E para dar o tom dessa segunda temporada, deixamos um pouco a inspiração da Nina para vocês! Seguimos....
O que é que os homens têm a ver com equidade de gênero?
11/05/2021
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“Quanto mais igualitárias nossas relações mais felizes somos” . Nesta Conferência TED, de 2015 na California, Micheal Kimmel, um sociólogo especializado no estudo de gênero, faz um convite aos homens para apoiarem a igualdade de gênero e dá várias explicações para isso....
Qual a valor da diversidade nas organizações, na política e na sociedade?
11/05/2021
Video
“Igualdade de gênero é não apenas a coisa mais correta a ser feita, como também a mais inteligente” Neste vídeo, pesquisadores de universidades e presidentes e diretores de diversas organizações indicam o como a inserção da diversidade na instituições pode trazer mais produtividade, efetividade e lucratividade. Gender Equality: The Smart Thing To Do. The Women and Public Policy Program at Harvard Kennedy School....
Mulheres de ImPACTO – Kerexu Yxapyry
11/05/2021
Mulheres
“Falar da vida Guarani é como beber de uma fonte inesgotável de vida, o difícil mesmo é escrever sobre o tema, pois da fonte bebemos a água, a escrita é apenas uma ilustração da água… e não mata a sede…” Assim começa uma deliciosa conversa entre Kerexu Yxapyry, liderança indígena, e Andrea Oliveira, uma das fundadoras do Instituto Çarakura, uma organização não-governamental, fundada em 11 de março de 2007, em Santa Catarina. Andrea também faz parte do grupo de diversidade, além de ser uma liderança na área de educação ambiental, e por essa entrevista mostra por que tem toda nossa adimiração e respeito. Por Andrea de Oliveira, Florianópolis SC Faço minhas, as palavras de “Kerexu Yxapyry, liderança indígena Mbya Guarani da terra indígena Morro dos Cavalos – Palhoça SC, cuja história vou contar brevemente… Ela é gestora ambiental formada pela UFSC, professora da escola indígena Tekoa Itaty, integrante do grupo “Kunhangue Rembiapó” de mulheres indígenas Guarani e fundadora do Centro de Formação Tataendy Rupa… Mãe, irmã e guerreira… Uma mulher que inspira e traz força em especial para as mulheres guarani e para todos aqueles que buscam o verdadeiro espírito da vida com serenidade e valentia… “Nasci e me criei na mata… a vida na floresta é a única vida que eu conhecia… As minhas dificuldades iniciaram aos 8 anos, quando tive que ir para escola e conhecer o mundo de fora…” Kerexu é filha mais velha de Adão Karai Tataendy Antunes e Jaxuca Rete. Assim que ela nasceu, seu pai sabia que ela teria a missão de freqüentar os dois mundos… O mundo de dentro e o mundo de fora, pois desejava prepará-la para enfrentar o futuro diante das dificuldades que o povo guarani vive desde a chegada dos europeus… E assim foi… No mundo de fora conheceu “a escola” e logo aprendeu a ler e escrever perfeitamente, a receber e a transmitir as informações… No mundo de dentro, com grandeza infinita, sempre trabalhou com as mulheres e com as crianças, transmitindo pensamentos e ensinamentos que lhe foram passados por seus pais e seus ancestrais, em rituais dentro da casa de reza ou nas salas de aula da escola… Em 2011 Kerexu Yxapyry ingressou na Universidade Federal de Santa Catarina na primeira turma do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica com o objetivo de conhecer e entender as leis do mundo de fora para ajudar seu povo na questão que considera o grande propósito da sua vida: “A homologação da terra indígena Morro dos Cavalos”. O contato e a integração com outras etnias fortaleceram o propósito e o com o apoio da universidade a questão ganhou grande visibilidade. Kerexu passa a ser a grande referência no assunto, pois dialoga sobre a sacralidade do território indígena com bases bem fortes nas leis que passou a entender, dominar e utilizar em defesa do seu povo. Em 2012 uma grande surpresa: Kerexu foi indicada por unanimidade para ser a Cacica da aldeia Morro dos Cavalos e preparada em rituais religiosos. “Nhanderu”, a divindade suprema Guarani, lhe concedeu o “Espírito da Liderança” e o “Espírito do Poder”. No inicio do novo ciclo Kerexu passa a enfrentar os desafios do mundo de dentro; o cacicado guarani é formado por 20 lideranças historicamente masculinas e a partir de então a história muda… Agora são 19 homens e uma mulher. Por grande respeito às lideranças de seu povo, Kerexu inicialmente não se colocava diante do cacicado para propor ou expor seus pontos de vista, participando de forma passiva e tímida… Sentiu na pele a resistência e até mesmo certa discriminação simplesmente pelo fato de ser uma mulher… Mas esta situação não se prolongou por muito tempo, pois os caciques foram percebendo que quando Kerexu acompanhava qualquer reunião tudo era diferente… Ela conversava muito bem, argumentava, defendia e era ouvida… A pequena grande líder conquistou um espaço histórico no cenário das causas indígenas… Dialogou com secretários, governadores, deputados, ministros e até mesmo com a presidente Dilma, passagem que considera uma das maiores decepções em sua caminhada, pois imaginou que a presidente teria um olhar sensível a causa e assinaria a homologação do território indígena Morro dos Cavalos… Mas não o fez… E assim esta luta continua até os dias de agora… “Gotas de Orvalho”, esta é tradução do nome Kerexu Yxapuru… Esta admirável mulher guarani que recebeu a alguns dias da Assembléia Legislativa de Santa Catarina uma homenagem em reconhecimento ao trabalho de proteção dos biomas da Mata Atlântica… Para encerrar, pergunto a Kerexu: O que representa a floresta para você? Ela responde: A manifestação de toda a criação sagrada de Nhanderu… As plantas, a água, os animais, nós… Somos como uma família, quando fazemos mal a floresta estamos fazendo o mal a nós mesmos e a nossa família… Quando precisamos usar qualquer coisa da floresta pedimos permissão a Nhanderu… Quando cuidamos da floresta, cuidamos da nossa família e de nós mesmos… Che maitei rory maymavápe! (Minha cordial saudação a todos!)...
Mulheres de ImPACTO – Narliane Martins
11/05/2021
Mulheres
“Gosto de prosear, de ouvir o barulho da água correndo nos córregos e cachoeiras, de descansar e pensar à sombra e umidade das matas, ver as sementes germinarem e crescerem, da risada de crianças brincando, do brilho no olhar das pessoas quando se sentem felizes … “ Narliane é mulher, bióloga, brasileira e tem 31 anos. Sendo mais uma mineira em nossa lista, ela é apaixonada por suas origens, região leste de Minas, que descreve como sendo de grande riqueza natural e complexidade social, econômica e ambiental. Ela aponta que aí destacam-se atividades econômicas de siderurgia, celulose, mineração e produção agropecuária que contrastam com a exuberância do Parque Estadual do Rio Doce, seus lagos e floresta Atlântica. De forma quase poética nos dá uma dica de sua personalidade: “Gosto de prosear, de ouvir o barulho da água correndo nos córregos e cachoeiras, de descansar e pensar à sombra e umidade das matas, ver as sementes germinarem e crescerem, da risada de crianças brincando, do brilho no olhar das pessoas quando se sentem felizes, de compartilhar momentos com minha família, amigos e cachorros , de poder fazer algo pelo bem estar de outros seres, pelo todo e pelo coletivo uno que somos. “ Atua como Analista de Mobilização e Engajamento no Instituto BioAltântica – IBIO, organização sem fins lucrativos, criada em 2002 por indivíduos, empresas e ONGs ligadas ao tema sustentabilidade. Atuam em regiões ocupadas pela Mata Atlântica no RJ, BA, MG e ES, principalmente na Bacia do Rio Doce com projetos de restauração florestal, agricultura sustentável, ecologia da paisagem, gestão de bacias hidrográficas e adaptação às mudanças climáticas. Buscam modelos que viabilizem investimentos em infraestrutura natural, como forma de aumentar a resiliência de bacias hidrográficas. Sobre a organização Narliane acrescenta “O posicionamento do IBIO é sempre técnico, transparente, apartidário e autônomo, e isso me faz ter uma imensa gratidão por fazer parte desta instituição. Trabalhar, não por dinheiro, mas pelo que acredito e pelo que tenho como proposito de vida é bom demais!!! Sou imensamente grata por esta oportunidade!!!” PACTO: Como você começou a atuar neste temática ambiental? O que te levou a esse tema? Narliane: Desde criança a natureza me intriga e me fascina. A curiosidade sobre as diversas formas de vida e o amor pela ciência me levaram a fazer Ciências Biológicas. Durante a graduação a curiosidade e fascínio só aumentaram, apaixonei-me pelas florestas e pela água. Fui monitora de botânica e de ecologia aquática. Pesquisei o que acontecia com as folhas vegetais após caírem das árvores e entrarem nos córregos. Aprendi a identificar macroinvertebrados bentônicos, bioindicadores de qualidade de água. Um córrego em meio a mata se tornou minha maior paixão. Saber que milhões de córregos e fragmentos florestais estão sendo destruídos e extintos dia após dia me motiva a atuar nesta temática pelo bem de todos os seres, pela diversidade, pela humanidade, por mim. PACTO: Você tem um papel de liderança na área e região onde atua. O que considera relevante no seu estabelecimento nesta posição? Como chegou onde está hoje? Narliane: A motivação, o reconhecimento, o exemplo e oportunidades apresentadas por grandes mulheres e grandes profissionais entre tais destaco minha mãe, Solange Maria de Melo Martins e a bióloga Aline Tristão. Também foram essências minha dedicação aos estudos, busca por oportunidades e comprometimento com as oportunidades conquistadas. Atualmente atuo como Analista de Mobilização e Engajamento no IBIO, após atuar 6 anos como Coordenadora de Programas e Projetos. A mudança de função ocorreu após percebermos a complexidade e importância da comunicação e engajamento dos stakeholders para o sucesso de nossas ações e cumprimento de nossa missão. PACTO: Você acredita que igualdade de oportunidades para mulher e homens na área ambiental? Porque isso não se reflete em números? Não acredito. Pelo que eu observo há mais homens nos cargos de diretoria e homens recebem promoção com maior frequência. Nos estabelecimentos rurais alvo das ações geralmente o homem toma as decisões de forma individual. Quando realizamos dias de campo ou cursos a maioria dos participantes são homens. PACTO: O que podemos fazer para mudar essa realidade? É o que desejo que possamos descobrir juntos no GT Diversidade do Pacto Pela Restauração da Mata Atlântica...
Mulheres de ImPACTO – Tereza Cristina Sposito
11/05/2021
Mulheres
“Sinto que conciliar casamento e a maternidade com o trabalho sempre é tarefa árdua para a mulher. Temos que buscar as nossas oportunidades e fazê-las acontecer conciliando todos estes aspectos, o que por vezes pode te fazer perder alguma chance.” Se você andar no “mato” com Tereza Cristina Sposito, verá que ela adora observar as árvores, tentando identificá-las pela morfologia botânica. Sim, usando todos aqueles termos: inserção da folha, nervura, e coisas do tipo. Se for para as bandas de Minas então ne se fala! Só não consigo saber se ela entende mais de plantas ou de música brasileira. E a prosa? Bom demais da conta. Tereza é casada, tem uma filha e diz que gosta de conhecer pessoas novas e de se envolver com causas ambientais. “Sinto assim a oportunidade de colocar em prática o que aprendi, contribuindo com o embasamento técnico adquirido”. Bióloga, com mestrado e doutorado em Biologia Vegetal conta que começou a participar de projetos de florística na Mata Atlântica. “Apaixonei-me pela floresta e aos poucos fui me envolvendo com temas ambientais por meio de atuação na defesa do meio ambiente. Desse envolvimento, apareceu a oportunidade para atuar no embasamento técnico das causas ambientais, por meio de assessoria técnica da Promotoria de Meio Ambiente de Minas Gerais.” Acrescenta que depois desta experiência, veio então à vontade em trabalhar com restauração florestal, pela importância e urgência do tema. Contudo, ela acredita que ainda tem muito a aprender e que está sempre aberta para as oportunidades que aparecem em seu caminho. Atualmente trabalha no IBAM – Instituto Bem Ambiental, que tem uma atuação bastante forte na área de mudanças climáticas, e também em políticas públicas e restauração florestal, sendo também uma Unidade Regional do Pacto. PACTO: Você encontrou alguma barreira ou oportunidade condicionada a gênero? Tereza : Sinto que conciliar casamento e a maternidade com o trabalho sempre é tarefa árdua para a mulher. Temos que buscar as nossas oportunidades e fazê-las acontecer conciliando todos estes aspectos, o que por vezes pode te fazer perder alguma chance. Algumas vezes, notei preconceito com as ideias propostas, por ser mulher. PACTO: Que características você destaca e que parceiros ou estratégias usou para chegar onde está? Tereza: Acho que antes de tudo o compromisso com a conservação ambiental é a chave para conseguir as oportunidades. Se lutamos com empenho, começamos a ter reconhecimento, contribuindo para o surgimento das oportunidades. A minha personalidade me fez buscar as oportunidades principalmente pelo envolvimento nas causas ambientais. Ao encontrar pessoas que pensavam como eu, pude exercer meu papel e ser reconhecida. Investir na formação profissional continuamente também é fundamental. PACTO: Você acredita que exista igualdade de oportunidades para mulher e homens na área ambiental? Porque isso não se reflete em números? Tereza: Embora as oportunidades sejam iguais, a presença de maior número de homens em cargos de liderança mostra que ainda estamos longe da igualdade. É preciso vencer o preconceito de gênero para que mais posições sejam ocupadas por mulheres. PACTO: O que podemos fazer para mudar essa realidade? Tereza: Conscientizar os envolvidos da necessidade de conhecer e discutir políticas de inclusão; difundir a compreensão das diferentes necessidades dos gêneros; mudança de postura em casa; buscar igualdade de gênero no número de pessoas contratadas; propor alternância de posições de liderança entre os gêneros; trabalhar oficinas e processos que envolvam criatividade, para favorecer o surgimento de novas ideias e insights nas agendas de restauração...
Mulheres de ImPACTO – Anazélia Tedesco
11/05/2021
Mulheres
“Dar oportunidade, isso sim é relevante. Outras mulheres podem se destacar na área ambiental na medida em que forem incluídas em processos de construção, de participação, de decisão. Não é possível dar um passo à frente sem que te abram portas.” Falar com Anazélia Tedesco durante um final de semana como este é, literalmente, uma missão impossível. Provavelmente ela e suas amigas estarão “mochilando” em mais uma aventura por montanhas, caminhos de terra, no mar ou em picos, quase no ar. “Divido meus dias entre a minha profissão, a biologia, e a prática de montanhismo e atividades em comunhão com a natureza”. Este hobby, levado a sério por Anazélia, deu origem ao “Mochilando com Elas”, Blog que conta um pouco das aventuras dessa turma, que tem em comum a paixão pelos esporte de aventura e natureza, além do fato de serem mulheres!! Anazélia é nascida e criada no norte do Espírito Santo, no interior de Pancas, terra do Monumento Natural dos Pontões Capixabas. A terra de origem e a criação junto a meio rural explicam a paixão pela natureza e a vida de aventura. “Sou filha de pais agricultores e criada na ‘roça’. A escolha da profissão foi um caminho natural”. A bióloga conta que depois de formada, nas primeiras experiências profissionais com gestão de unidades de conservação, teve contato com comunidades tradicionais intimamente ligadas a produtos do mar e da floresta, como é o caso das paneleiras de Goiabeiras, que utilizam – há centenas de anos – o tanino da Rhizophora mangle para tingir as panelas de barro produzidas artesanalmente. “A partir da observação da relação quase simbiótica entre as paneleiras e o manguezal me convenci de que o trabalho com a temática ambiental pode ter um papel transformador acerca da visão do ser humano em relação à floresta.” Atualmente ela está como Especialista em Políticas Públicas de Meio Ambiente e Gestão Governamental na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, no âmbito do Programa Reflorestar. O programa tem como foco a restauração de paisagens florestais e atua por meio do fomento a pequenos proprietários rurais no estado. A restauração de florestas nativas e a implantação de atividades que valorizem os produtos da floresta são o norte desse processo, que tem ainda o viés econômico por meio de modalidades produtivas, como os sistemas agroflorestais e os sistemas silvipastoris. Na série de perguntas que o PACTO fez a essa Bióloga ela conta que encontrou algumas barreiras ao longo de sua carreira, e nos deixa ainda mais perguntas e questionamentos sobre equidade, oportunidades e restauração. PACTO: Você encontrou alguma barreira ou oportunidade condicionada a gênero? Anazélia: É mais comum que encontremos barreiras que oportunidades. Ainda na universidade, em contato com museus de todo o mundo para empréstimo de material para utilização no meu mestrado, escutei no laboratório onde trabalhava que ‘para uma mulher é tudo mais fácil’. Essa foi a conclusão, após eu receber muitas respostas positivas dos museus a quem eu pedia empréstimo. Na verdade, acredito que as respostas positivas se deviam muito mais à capacidade de comunicação e polidez do que a uma suposta vantagem conferida às mulheres –. Já no meu primeiro emprego formal como bióloga, passei alguns meses sem que me fossem delegados trabalhos de campo, já que essa atividade era destinada preferencialmente aos homens, por conta do estereótipo masculino ligado à força e ao feminino ligado à fragilidade. PACTO: Você tem um papel de liderança na área e região onde atua. Como chegou onde está hoje? Anazélia: Aqui é importante dizer: meritocracia não existe. Nada que eu tenha feito pessoalmente me conduziu de maneira especial à posição em que estou. Como cheguei onde estou hoje? Me foi dada a oportunidade. Dar oportunidade, isso sim é relevante. Outras mulheres podem se destacar na área ambiental na medida em que forem incluídas em processos de construção, de participação, de decisão. Não é possível dar um passo à frente sem que te abram portas. Não há nada de errado com outras profissionais de meio ambiente que não estejam engajadas em programas e projetos nos quais almejariam estar envolvidas. Não lhes falta competência, não lhes falta preparo. Falta-lhes oportunidade. Precisamos incluí-las, chamá-las a participar, delegar atividades, confiar a elas a condução de trabalhos, permitir o acesso a informações estratégicas, considerá-las para posições de chefia e cargos de decisão. PACTO: O que podemos fazer para alcançar a igualdade de oportunidades para mulheres e homens na área ambiental? Anazélia: Devemos começar a olhar para nossas próprias equipes e instituições, buscando igualdade quantitativa, mas também qualitativa em relação a gênero. Não basta ter o mesmo número de homens e mulheres nas nossas instituições e nos diversos fóruns que ocupamos. Estas mulheres estão sendo igualmente assistidas pela instituição? Elas têm as mesmas oportunidades? São envolvidas em demandas igualmente relevantes para instituição? Elas têm acesso às informações de que precisam? Elas têm autonomia para representar a instituição e se pronunciar como tal? Precisamos começar a nos fazer essas perguntas. E agir a partir das respostas que sejam negativas. A partir da mudança dessa realidade poderemos alcançar igualdade de oportunidades para mulheres e homens na área ambiental....
Mulheres de ImPACTO – Letícia Couto Garcia
11/05/2021
Mulheres
“Decidi trabalhar na área, pois para mim, além de ser uma ciência aplicada, o que me fascina, é que ela lida com o otimismo e a esperança de melhorar e reverter o quadro da degradação.” Letícia Couto Garcia, é professora adjunta da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, onde atua na área de Ecologia da Restauração. Seu primeiro contato nesta área foi como voluntária em um projeto de restauração no rio São Francisco em Minas Gerais, projeto este que entrou para o Guinness book, sendo coordenado por outra mulher, também inspiradora, Marília Queiroz. Trabalha em projetos na Mata Atlântica, e mais recentemente no Cerrado e Pantanal. Com foco tanto em questões mais macro, como políticas públicas, legislação ambiental e análises na escala da paisagem, quanto em questões mais especificas como monitoramento, manejo adaptativo e implantação de novas técnicas de restauração, Letícia enxerga nessa área a possibilidade de aplicação do conhecimento cientifico como subsídio a tomada de decisão. A pesquisadora explica os motivos que a levaram a trabalhar com restauração: “Decidi trabalhar na área, pois para mim, além de ser uma ciência aplicada, o que me fascina, é que ela lida com o otimismo e a esperança de melhorar e reverter o quadro da degradação.” Apesar de todo seu entusiasmo e dedicação – ela conta que chegou a trabalhar três períodos por dia – Letícia considera que ainda existem algumas dificuldades condicionadas a gênero no estabelecimento das mulheres na carreira acadêmica, principalmente quando pensamos no período da maternidade. Veja abaixo as considerações da pesquisadora para as questões de restauração e diversidade: PACTO: Durante sua vida profissional você encontrou alguma barreira ou oportunidade condicionada a gênero? Letícia: De certa forma sim, em fases como a gestação, puerpério e amamentação, as mulheres ficam restritas nas suas atividades profissionais e muita gente não entende isso, infelizmente. Acredito que a questão da maternidade estar próxima da fase do auge da dedicação à carreira é um tradeoff que acaba pesando para muitas mulheres, enquanto os homens conseguem conciliar melhor a paternidade e a dedicação ao trabalho. Devido a isso, tive que ter alguns períodos de pausa para dedicação integral aos filhos, somente a mãe pode exercer alguns papeis, enquanto o homem pode desenvolver outras atividades nesses períodos. Com certeza isso influencia em períodos que abrimos mão de algumas oportunidades de trabalho. PACTO: Você acredita que existe igualdade de oportunidades para mulher e homens na área ambiental especialmente na agenda da restauração? Letícia: A questão do gênero sempre me incomodou. Presto sempre atenção no desbalanço da proporção entre homens e mulheres desde as autorias nas publicações, aos workshops, palestras e reuniões que vejo e que participo. Nas publicações que trabalhei, praticamente todas têm um número expressivo de parcerias masculinas. Infelizmente, não consigo entender bem o que acontece durante esse processo, são poucas mulheres nessa área e sempre conto quantos são os autores homens e quão poucas são as mulheres, isso daria até para fazer um estudo bibliométrico a respeito. PACTO: O que podemos fazer para mudar essa realidade? Letícia: Dar oportunidades iguais a ambos os gêneros. Ultimamente tenho tido oportunidade de orientar mais mulheres, e as incentivo bastante para engrossarem o caldo nessa área no futuro. Tento participar e recepcionar ao máximo os convites e oportunidades que aparecem para mim, mesmo tendo às vezes impedimentos relacionados ao gênero, por conta de ser mãe de dois meninos que demandam muita dedicação também. Tenho feito novas parcerias com mulheres que gosto de trabalhar e que têm boas vibrações. Acho que, de forma geral, todos temos que prestar mais atenção nisso, com um bom senso crítico a respeito para mudar este quadro....
Mulheres de ImPACTO – Suzana Padua
11/05/2021
Mulheres
“Nunca pensei em trabalhar nesse campo, mas a vida acabou me levando a isso e sou grata pela paixão que sinto pela causa e pelo privilégio de trabalhar em algo que acredito tanto.” Se você trabalha ou gosta de temas como conservação e restauração, certamente já ouviu falar de Suzana Machado Padua. Suzana é uma unanimidade. Por seus trabalhos à frente da Instituição que ajudou a criar, por sua paixão pelo que faz, e sobretudo por sua simplicidade e doçura. Se você não a conhece, aqui está um pouco da história dessa mulher, inspiração e madrinha do nosso GT. Carioca de berço e designer por formação, Suzana conta, que ironicamente, seu pai era caçador e que dessa forma foi exposta e se apaixonou ainda muito cedo pela natureza. “Nunca pensei em trabalhar nesse campo, mas a vida acabou me levando a isso e sou grata pela paixão que sinto pela causa e pelo privilégio de trabalhar em algo que acredito tanto”. Tornou-se conservacionista após uma mudança radical em sua vida. Claudio Padua, seu parceiro de vida e profissão, largou o mundo empresarial para voltar à universidade e estudar biologia, “com o sonho de trabalhar com espécies ameaçadas, principalmente primatas”. Suzana conta que a princípio achou tudo uma grande maluquice. Mas aos poucos se contagiou pela paixão de proteger a natureza e começou a trabalhar com educação ambiental, ocasião em que foram morar no extremo oeste do estado de São Paulo, na região conhecida como Pontal do Paranapanema. Bom, a partir daí muitos de nós conhecemos os resultados de tamanha aventura. E o que começou como um hobby acabou se tornando um propósito maior na vida do casal. “Compartilhar o valor da natureza para que todos celebrem a vida como merecem” nas palavras de Suzana, complementando ainda que em sua visão “a educação ambiental era muito mais do que uma linha de trabalho – era um guia de vida”. Com esse propósito em mente e muita determinação, Suzana concluiu mestrado e doutorado na área ambiental, desenvolveu diversas pesquisas e hoje ministra aulas no IPÊ – Institutos de Pesquisa Ecológicas, fruto desse sonho e inciativa do casal. PACTO: Conte um pouco da história e dos trabalhos realizado pelo – IPÊ Institutos de Pesquisa Ecológicas. Suzana: O IPÊ teve início com o projeto de doutorado do Claudio (Padua), pois sempre tivemos estagiários em nossos estudos de campo. O mico-leão preto foi o foco inicial e até hoje é um símbolo da instituição. O Claudio trabalhava com a ecologia da espécie e eu com a vertente humana de educação e posteriormente alternativas de renda para comunidades menos favorecidas, principalmente de assentados que se tornaram numerosos no Pontal do Paranapanema. Foi assim que em 1992, com um grupo de uns 8 jovens apaixonados e obstinados pela conservação fundamos o IPÊ. A maioria, hoje já não tão jovem, representa a grande riqueza da instituição, cada um com seus conhecimentos, suas áreas de expertise que se somam ao todo. Sempre acreditamos em educação – compartilhar o conhecimento que adquirimos no campo e no mundo acadêmico. Começamos a oferecer cursos de curta duração em todos os temas do que tinham sido difíceis para nós aprendermos. Depois ousamos mais um passo meio inusitado. Como muitos de nossa equipe obtiveram seus próprios doutorados, tínhamos um número de doutores suficientes e foi assim que há quase 10 anos aplicamos para sermos reconhecidos pela CAPES (MEC) como instituição apta a oferecer um mestrado. Além de cursos temáticos e mestrado, hoje temos também um MBA que oferecemos junto a CEATS (FEA/USP). Isso porque acreditamos que o Brasil, país megadiverso, precisa de um time de gente espalhado por todo canto preparada para trabalhar pelas questões socioambientais de maneira eficiente e com qualidade. É assim que funciona a Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade – ESCAS do IPÊ e os sonhos continuam. Pensamos em um dia quem sabe oferecermos doutorado ou até uma escola infantil? PACTO: Ao longo de sua carreira você encontrou alguma barreira ou oportunidade condicionada a gênero? Suzana: Durante muito tempo me recusei a trabalhar com mulheres de forma diferente do que com os homens, pois acreditava na igualdade de gênero. O que ocorre é que no interior os papéis são muito diferentes e acabamos promovendo atividades especiais para as mulheres que até hoje são de grande sucesso. Portanto, a barreira inicial fui eu mesmo quem impôs e ao perceber ficou mais fácil de demove-la. PACTO: Você tem um papel de liderança na área e região onde atua. O que considera relevante no seu estabelecimento nesta posição? Suzana: Venho de uma família bem tradicional onde os papéis eram radicalmente distintos entre o da mulher e o do homem. Eu é que nunca aceitei muito essas restrições e fui enfrentando os desafios. Alguns só percebi anos depois que já tinha passado a experiência. Hoje sou Presidente do IPÊ, posição que ocupo há muitos anos. Talvez no terceiro setor, o mundo das ONGs no Brasil seja diferente, pois instituições significativas são lideradas por mulheres, ou já foram com sucesso no passado. O mundo empresarial tem mais entraves, pois participo de grupos de mulheres do setor privado e percebo a diferença. O fato é que em todos os setores a mulher tem que provar sua capacidade, o que é bem desgastante e cansativo. Não sinto isso no IPÊ, que aliás é bem equilibrado tanto no nosso grupo de pesquisadores, no staff e no Conselho. E o que é melhor, funciona bem! PACTO: Que características você destaca, e que parceiros ou estratégias usou para chegar onde está? Suzana: Tem um ditado antigo que diz “os cães ladram e a caravana passa”. Se prestarmos atenção aos cães ladrando podemos não sair do lugar. Creio que trabalhar por propósito, meta, realização de objetivos é um achado valioso. Nos faz seguir adiante e nem perceber as pedras no caminho… PACTO: Você acredita que exista igualdade de oportunidades para mulher e homens na área ambiental? Suzana: As pesquisas do Fórum Econômico Mundial quanto à gênero são bem profundas e mostram uma desigualdade chocante, mesmo no mundo das ONGs. Ainda é marcante a diferença entre países e em alguns setores mais acentuados que em outros. Mas, sempre acreditei na igualdade de oportunidades e na capacidade também inquestionável das mulheres. Não vejo nem a necessidade de comparação entre homem e mulher porque não acho pertinente. Mulher é capaz e pronto, assim como os homens. PACTO: O que podemos fazer para mudar essa realidade? Suzana: Eu acredito que tudo já esteja mudando e é o exemplo e as conquistas que levam a um novo cenário. Creio que devemos ir adiante e fazer o que é correto e não nos atermos às limitações. Se não, paramos ao invés de avançarmos e a vida merece ser vivida em sua plenitude....
Mulheres de ImPACTO
11/05/2021
Mulheres
Será que estamos felizes em ocupar a posição de “segundo sexo”? Nesta semana das mulheres, acho que vale a reflexão Se pararmos a correria do dia a dia, creio que todas nós, com um pouco de esforço, iremos constatar que já passamos por situações que nos colocaram nesta posição. Qual de nós mulheres não se sentiu em algum momento de sua vida insegura, desrespeitadas ou mesmo ameaçada por ser mulher? Assim é na esfera pública, assim é na esfera privada. Não tenho dúvidas de que essas situações são resultado de um contexto social complexo, enraizado, dominado por homens. Não quero aqui nem comentar sobre a condição cultural, política ou social da mulher, dificílima de ser discutida. Entretanto, na esfera profissional ou no meio produtivo temos o deslocamento da mulher para o mercado de trabalho, mas sem as mesmas condições e oportunidades, onde exercemos o papel secundário quando comparadas a homens. Apenas como lembrete, sobretudo para os homens, veja no seu contexto de atuação quantas mulheres estão presentes, qual papel desempenham, que cargos e funções assumem, diferenças salariais e etc. Isso para ficar em um estrato bastante perceptível, sem considerar diferenças mais sutis como oportunidades, credibilidade, responsabilidades e outros. Mas porque “aceitamos” esse papel? Não tenho certeza que fazemos isso com consciência. Creio que assumimos tantos papéis e estamos tão preocupadas em mostrar que somos capazes que acabamos por aceitar, para conseguir sobreviver a esse mundo, onde reza a cartilha do mais forte. E seguimos a diante, cada uma a sua maneira, individualmente e isoladamente. Fazendo jus ao pai da Biologia, cabe ressaltar que essa visão do mais forte é uma interpretação errônea da teoria de Darwin. E, que em realidade, sobrevive aquele que mais se adapta as mudanças. E não tenham dúvida. O mundo, está mudando! Na semana das mulheres estamos lançando uma pesquisa sobre o papel da mulher na restauração. Essa pesquisa tem como objetivo mostrar como as mulheres vem atuando – e sobrevivendo – na nossa área. Pretendemos através dessa série mostrar como a mulher tem um olhar diferenciado sobre essas questões ambientais, por sua condição na sociedade, por suas oportunidades (ou falta delas), mas também por sua paixão e sua essência. Esperamos que essa série faça você refletir sobre o papel da mulher no nosso meio e como é importante abraçar essa diversidade de olhares e percepções. Convidamos você a responder as mesmas perguntas. Mas de maneira fundamental, desejamos que as mulheres se sintam representadas, tenham um espaço para troca e que se fortaleçam nos seus propósitos. Definitivamente não viemos a passeio e não seremos a segunda opção! Agradecemos imensamente as mulheres que já contribuíram neste projeto....
Do que eu falo quando falo sobre DIVERSIDADE – por Ludmila Pugliese
11/05/2021
Grupo de trabalho
Quanto mais leio, escuto e reflito percebo como a questão de gênero é atual e necessária. Este sentido de urgência me faz buscar mais informação, que pode vir de diferentes formas. Neste último sábado estive na CASA DO SABER, um espaço multidisciplinar com uma proposta muito bacana (nasceu com a ideia de compartilhar filosofia e tomar vinho!!!), para participar de uma palestra sobre o tema de “Liderança e Diversidade Hoje: As Mulheres nas Corporações”. Como era de se esperar, os dados apresentados indicam que, no pipeline das empresas, há uma redução significativa na representação de mulheres conforme se aumenta o nível e poder decisório nas organizações. Tanto que no Brasil, o número de mulheres em posição de conselhos ou presidência é inferior a 15%. Mas isso não se deve à falta de mulheres competentes. E os exemplos de sucesso são muitos, na verdade uma penca delas estão por aí, em todas a áreas. Então porque será que essa curva é tão acentuada, porque muitas ficam pelo caminho no processo de progressão de carreira? As explicações são muitas, passando por questões culturais, preconceito inconsciente, viés no processo decisório, entre tantas outras. Interessante notar que este comportamento não se restringe ao mundo corporativo. Entre os membros filiados ao Pacto por exemplo, apenas 35% de mulheres aparecem como representantes das instituições. No conselho, a questão se torna mais crítica; entre 18 representantes, apenas 1 é mulher. Então como fazer para mudar esse quadro? A resposta a esta pergunta não é trivial, tenho certeza que ela não está em uma meta matemática de igualar posições, não se trata de entrincheiramento. É claro que a questão de gênero é a mais fácil de diagnosticar, mas tenho cada vez mais a certeza que o sucesso de qualquer grupo está no acolhimento à diversidade, igualando oportunidades, com respeito e empoderamento. Pois é, mas como caminhar neste sentido? Esse Blog é parte de uma série de ações que o GT Diversidade (agora com novo nome!), estará promovendo para apoiar o início de uma mudança nas esferas em que atuamos. Esperamos aqui contar estórias que sirvam de inspiração e que fortaleçam a diversidade de opiniões dentro das instituições e nas ações do PACTO. Se você também concorda com isso, junte-se a nós! Conte sua estória e entre em contato; Ficaremos feliz em perceber que a tal da diversidade, tão desejada por nós, não está apenas nos objetivos dos nossos projetos, mas realmente inserida no nosso mindset...
Temos que cuidar das nossas sementes
11/05/2021
ONU
Em Marrocos, mulheres enfrentam mudanças climáticas e progridem; veja o vídeo As mulheres rurais são frequentemente mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas, uma vez que os seus meios de subsistência dependem da agricultura e, normalmente, recebem menos educação do que as mulheres da cidade. A ONU Mulheres apoia as cultivadoras de sementes em Marrocos por meio de um programa conjunto com a ONG local ‘Terre et Humanisme’....
GT de Gênero
10/05/2021
Grupo de trabalho
O GT Gênero tem como missão transformar horizontes por meio da equidade de gênero nas ações do Pacto e do apoio à representação qualificada e engajamento, criando oportunidades nas agendas de restauração. Possui os seguintes objetivos: Promover a capacitação de diferentes grupos de interesse, buscando a integração de gênero e restauração;Elaborar estratégias e mecanismos de comunicação relacionados à temática de gênero em restauração;Fortalecer a incidência política e institucional, com foco em equidade de gênero, em espaços estratégicos....
Gender relations in forestry: beyond a headcount
10/05/2021
Grupo de trabalho
Enabling rural women in India to serve as agents of environmental change goes beyond just a numbers game
[email protected]
, desejando um 2017 de realização e paz retomo o contato com o grupo come essa postagem sobre a temática de gênero e florestas: http://blog.cifor.org/47598/gender-relations-in-forestry-beyond-a-headcount?fnl=en...